Politica

Do futebol à política: presidente de Conselho do Santos vê torcida cansada com time e projeta eleição

Celso Jatene está acostumado com disputas políticas. Santista “de arquibancada”, como se define, o atual presidente do Conselho Deliberativo do Santos foi vereador em São Paulo por 20 anos (eleito em 2001 e reeleito em 2004, 2008, 2012 e 2016, mas não concorreu em 2020). Agora, está cansado – mas não da política.

Num espaço com o Santos por todos os lados, nas paredes, nas estantes e na coleção de baleias de enfeite que comprou pelo mundo e exibe orgulhosamente.

Em seu último ano como presidente do Conselho do Santos, o ex-vereador e Secretário Municipal de Esportes, Lazer e Recreação não esconde sua desmotivação com o time. Apoiador declarado do presidente Andres Rueda, ele acredita que é o elenco quem deve assumir a maior parcela de responsabilidade pelos últimos dois anos abaixo do esperado dentro de campo – e não a diretoria.

– Estamos cansados. Não é que ganhamos e perdemos. É que não enxergamos boas perspectivas. Eu acho que a responsabilidade disso não é da gestão, do Comitê de Gestão. Eu acho que a responsabilidade disso precisa ser cobrada dos jogadores. (…) Fazer discurso no vestiário e postar na rede social que a camisa do Santos é pesada, que tem de ganhar, ir para cima, é muito legal, muito bonito. Mas jogar dentro das quatro linhas o presidente do clube não joga, o diretor (Falcão) não joga – infelizmente, porque se tivesse no nosso meio de campo seria outra coisa –, os conselheiros não jogam… – disse Jatene.

Na véspera da entrevista, o Santos havia perdido por 2 a 0 para o Guarani, pela segunda rodada do Campeonato Paulista, fora de casa, sem conseguir sequer assustar o adversário, que disputa a Série B do Campeonato Brasileiro.

Enquanto o time briga para ter melhor desempenho em campo, o Santos se prepara para sua próxima eleição presidencial. Celso Jatene, cotado para disputar o pleito, já adianta: a vida política dele no clube acaba provavelmente no dia 10 de dezembro, quando deve ser realizada a Assembleia Geral para definição do novo presidente.

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