Tecnologia

De times de futebol ao Twitter: oferta de serviços bancários cresce com tecnologia

O termo “banking as a service” se refere a uma modalidade que tem crescido cada vez mais entre empresas. Nela, companhias de qualquer área, do varejo à tecnologia, conseguem oferecer produtos tradicionais de bancos, como cartões de crédito ou abertura de contas. E essa prática tem crescido cada vez mais, em parte graças aos avanços das tecnologias que a possibilitam.

Recentemente, os clubes de futebol São Paulo e Flamengo – dois dos maiores do Brasil – anunciaram que pretendem lançar em breve serviços bancários, incluindo a abertura de contas. Ao mesmo tempo, crescem os rumores de que o bilionário Elon Musk pretende incluir a oferta de serviços bancários no Twitter, a rede social comprada por ele, ainda neste ano.

Isso não significa, porém, que a inclusão desses serviços a um negócio ocorre de forma tranquila e sem desafios. À EXAME, especialistas destacam que a transição para o banking as a service demanda muito planejamento e um bom entendimento de como os serviços bancários serão usados, e quais. Além disso, é importante também saber se essa modalidade é vantajosa, o que varia de empresa em empresa.

Possibilidades com a tecnologia
Daniel Rojtenberg é diretor de desenvolvimento de negócios na Pomelo, uma empresa especializada em ajudar companhias a lançar seus próprios cartões de crédito e contas. Para ele, o avanço do banking as a service está ligado ao aumento da facilidade na integração desses serviços às operações das empresas de setores não-bancários.

“Antigamente, para criar operações e serviços financeiros, literalmente precisava criar um banco, e isso demorava no mínimo um, dois anos, tendo toda a parte de geração de cartão, conta digital, interoperabilidade de bandeiras. Hoje em dia, qualquer empresa, com uma tecnologia de base, consegue ter uma operação bancária em poucas semanas, foi um grande acelerador tecnológico que permitiu que as empresas oferecessem esses serviços”, explica.

Ele ressalta que a modalidade começou a ganhar força principalmente com as empresas de varejo, mas que outros setores também já veem a opção como uma nova fonte de receita, em que é possível aproveitar uma base já existente de usuários para oferecer esses serviços. “Conforme as primeiras empresas começaram a fazer isso, perceberam que era mais fácil e lucrativo do que imaginavam. Foi um bom gatilho”, comenta.

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