Grupo entendeu a situação inusitada, se colocou à disposição para cumprir o que for decidido e mostra garra para enfrentar os desafios
A montagem do grupo, com a manutenção de Eduardo Coudet e grande parte do elenco, alimentou a esperança do Inter de reencontrar o caminho dos títulos. A parada do futebol em razão das chuvas que castigam o Beira-Rio deixou o cenário incerto. Ainda assim, os jogadores se fecharam para enfrentar o imprevisto e abraçaram a ideia de treinar por 20 dias em Itu.
Ainda que tenha caído na semifinal do Gauchão, o trabalho realizado indicava aos bastidores que o caminho se pavimentava, conforme análise interna. Pelo menos, para conquistar uma taça no restante do ano.
O treinador era um dos mais confiantes. Coudet não cansa de elogiar a qualidade do grupo, o qual considera o melhor que já teve em mãos. Tanto pelo talento quanto pela postura no dia a dia.
Ocorre que a parada forçada pelas perdas do Centro de Treinamentos Parque Gigante e Beira-Rio impactou a preparação. A equipe ficou sem trabalhar por 12 dias. Voltou na terça-feira e realiza atividades no Parque Esportivo da PUCRS, longe das condições ideais, antes de viajar para Itu, onde treinará por 20 dias.
A situação inusitada, que custa passar um longo período afastado de Porto Alegre e, consequentemente, da família, foi assimilada pelo vestiário. Os jogadores entenderam o momento e se colocaram à disposição do que for decidido.
A entrega, inclusive, virou motivo de orgulho para dirigentes e comissão técnica. Os líderes explicitaram que não faltará dedicação para encarar os desafios.
Coudet organiza agora uma espécie de intertemporada para que o grupo recupere a condição física. Todavia, o ritmo de jogo demorará a ser recuperado pela inatividade. Até a partida com o Belgrano, o time ficará exatamente um mês sem entrar em campo.
Por mais que o período tenha permitido recuperar Aránguiz e Hyoran, além das voltas já esperadas de Alan Patrick e Enner Valencia, há uma incógnita em como será a resposta quando voltar às competições.
A direção reconhece que a torcida se mostra solidária com a situação atual. Todavia, alerta que, quando a bola rolar, dois resultados ruins em série trariam novamente a pressão. Independentemente de não ter o Beira-Rio e todos os problemas enfrentados.
Até por isso, o objetivo é “reunir condições de competir”. O trabalho se foca em que os colorados aglutinem forças para disputar com os adversários da melhor forma.
O Inter tem até o dia 27 para cumprir a tarefa. A partir de 28, precisará corresponder em campo. A data reserva o embate com o Belgrano.